A beira do abismo
Dançamos na beira do abismo
Como dois saltimbancos apaixonados
pelo vazio
Ensaiamos o salto no nada
Da queda da escada
vê-se o céu cinzento, diminuto,
circular, reluzindo segredo
O céu da tua boca
escuridão luminosa
abismo úmido singrando
a língua o mar da tua sede
de amor.
Minha alma desliza em ondas
na planície do teu dorso
onde meus dedos numa
escuridão lisa
Mona Lisa
O infinito do teu silêncio
Me lança no vôo da morte
Meu corpo voa leve
Titubeia quase inerte
no precipício da sua
devoção.
Os raios do destino
iluminam a incerteza
Me tornei um duplo
no fragmento de ti
Saudade se chama assim
Te chama a mim
Se tornou no vácuo que
me circunda o ser
Quando te chamei
de “nós”.
W. 13/12/05
15:25h
Poesia feita pelo maridão nos primeiros meses de namoro..Expliicitando nosso momento.
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