quarta-feira, 16 de março de 2011

A beira do abismo por johnreed1

A beira do abismo


Dançamos na beira do abismo
Como dois saltimbancos apaixonados
                        pelo vazio
Ensaiamos o salto no nada
Da queda da escada
            vê-se o céu cinzento, diminuto,
circular, reluzindo segredo
O céu da tua boca
            escuridão luminosa
            abismo úmido singrando
            a língua o mar da tua sede
                        de amor.
Minha alma desliza em ondas
            na planície do teu dorso
            onde meus dedos numa
            escuridão lisa
Mona Lisa
O infinito do teu silêncio
Me lança no vôo da morte
Meu corpo voa leve
            Titubeia quase inerte
            no precipício da sua   
                        devoção.
Os raios do destino
            iluminam a incerteza
Me tornei um duplo
            no fragmento de ti
Saudade se chama assim
            Te chama a mim
Se tornou no vácuo que
            me circunda o ser
Quando te chamei
            de “nós”.

W.    13/12/05
                        15:25h

Poesia feita pelo maridão nos primeiros meses de namoro..Expliicitando nosso momento.

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